quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Contos



A Bela Adormecida


Era uma vez, há muito tempo, um rei e uma rainha jovens, poderosos e ricos, mas pouco felizes, porque não tinham concretizado maior sonho deles: terem filhos.
— Se pudéssemos ter um filho! — suspirava o rei.
— E se Deus quisesse, que nascesse uma menina! —animava-se a rainha.
— E por que não gêmeos? — acrescentava o rei.
Mas os filhos não chegavam, e o casal real ficava cada vez mais triste. Não se alegravam nem com os bailes da corte, nem com as caçadas, nem com os gracejos dos bufões, e em todo o castelo reinava uma grande melancolia.
Mas, numa tarde de verão, a rainha foi banhar-se no riacho que passava no fundo do parque real. E, de repente, pulou para fora da água uma rãzinha.
— Majestade, não fique triste, o seu desejo se realizará logo: Antes que passe um ano a senhora dará à luz uma menina.
E a profecia da rã se concretizou, e meses depois a rainha deu a luz a uma linda menina.
O rei, que estava tão feliz, deu uma grande festa de batizado para a pequena princesa que se chamava Aurora.
Convidou uma multidão de súditos: parentes, amigos, nobres do reino e, como convidadas de honra, as treze fadas que viviam nos confins do reino. Mas, quando os mensageiros iam saindo com os convites, o camareiro-mor correu até o rei, preocupadíssimo.
— Majestade, as fadas são treze, e nós só temos doze pratos de ouro. O que faremos? A fada que tiver de comer no prato de prata, como os outros convidados, poderá se ofender. E uma fada ofendida…
O rei refletiu longamente e decidiu:
— Não convidaremos a décima terceira fada — disse, resoluto. — Talvez nem saiba que nasceu a nossa filha e que daremos uma festa. Assim, não teremos complicações.
Partiram somente doze mensageiros, com convites para doze fadas, conforme o rei resolvera.
No dia da festa, cada uma das fadas chegou perto do berço em que dormia a princesa Aurora e ofereceu à recém-nascida um presente maravilhoso.
— Será a mais bela moça do reino — disse a primeira fada, debruçando-se sobre o berço.
— E a de caráter mais justo — acrescentou a segunda.
— Terá riquezas a perder de vista — proclamou a terceira.
— Ninguém terá o coração mais caridoso que o seu — afirmou a quarta.
— A sua inteligência brilhará como um sol — comentou a quinta.
Onze fadas já tinham passado em frente ao berço e dado a pequena princesa um dom; faltava somente uma (entretida em tirar uma mancha do vestido, no qual um garçom desajeitado tinha virado uma taça de sorvete) quando chegou a décima terceira, aquela que não tinha sido convidada por falta de pratos de ouro.
Estava com a expressão muito sombria e ameaçadora, terrivelmente ofendida por ter sido excluída. Lançou um olhar maldoso para a princesa Aurora, que dormia tranqüila, e disse: — Aos quinze anos a princesa vai se ferir com o fuso de uma roca e morrerá.
E foi embora, deixando um silêncio desanimador e os pais desesperados.
Então aproximou-se a décima segunda fada, que devia ainda oferecer seu presente.
— Não posso cancelar a maldição que agora atingiu a princesa. Tenho poderes só para modificá-la um pouco. Por isso, Aurora não morrerá; dormirá por cem anos, até a chegada de um príncipe que a acordará com um beijo.
Passados os primeiros momentos de espanto e temor, o rei, decidiu tomar providências, mandou queimar todas as rocas do reino. E, daquele dia em diante, ninguém mais fiava, nem linho, nem algodão, nem lã. Ninguém além da torre do castelo.
Aurora crescia, e os presentes das fadas, apesar da maldição, estavam dando resultados. Era bonita, boa, gentil e caridosa, os súditos a adoravam.
No dia em que completou quinze anos, o rei e a rainha estavam ausentes, ocupados numa partida de caça. Talvez, quem sabe, em todo esse tempo tivessem até esquecido a profecia da fada malvada.
A princesa Aurora, porém, estava se aborrecendo por estar sozinha e começou a andar pelas salas do castelo. Chegando perto de um portãozinho de ferro que dava acesso à parte de cima de uma velha torre, abriu-o, subiu a longa escada e chegou, enfim, ao quartinho.
Ao lado da janela estava uma velhinha de cabelos brancos, fiando com o fuso uma meada de linho. A garota olhou, maravilhada. Nunca tinha visto um fuso.
— Bom dia, vovozinha.
— Bom dia a você, linda garota.
— O que está fazendo? Que instrumento é esse?
Sem levantar os olhos do seu trabalho, a velhinha respondeu com ar bonachão:
— Não está vendo? Estou fiando!
A princesa, fascinada, olhava o fuso que girava rapidamente entre os dedos da velhinha.
— Parece mesmo divertido esse estranho pedaço de madeira que gira assim rápido. Posso experimentá-lo também? Sem esperar resposta, pegou o fuso. E, naquele instante, cumpriu-se o feitiço. Aurora furou o dedo e sentiu um grande sono. Deu tempo apenas para deitar-se na cama que havia no aposento, e seus olhos se fecharam.
Na mesma hora, aquele sono estranho se difundiu por todo o palácio.
Adormeceram no trono o rei e a rainha, recém-chegados da partida de caça.
Adormeceram os cavalos na estrebaria, as galinhas no galinheiro, os cães no pátio e os pássaros no telhado.
Adormeceu o cozinheiro que assava a carne e o servente que lavava as louças; adormeceram os cavaleiros com as espadas na mão e as damas que enrolavam seus cabelos.
Também o fogo que ardia nos braseiros e nas lareiras parou de queimar, parou também o vento que assobiava na floresta. Nada e ninguém se mexia no palácio, mergulhado em profundo silêncio.
Em volta do castelo surgiu rapidamente uma extensa mata. Tão extensa que, após alguns anos, o castelo ficou oculto.
Nem os muros apareciam, nem a ponte levadiça, nem as torres, nem a bandeira hasteada que pendia na torre mais alta.
Nas aldeias vizinhas, passava de pai para filho a história da princesa Aurora, a bela adormecida que descansava, protegida pelo bosque cerrado. A princesa Aurora, a mais bela, a mais doce das prinAlguns cavalheiros, mais audaciosos, tentaram sem êxito chegar ao castelo. A grande barreira de mato e espinheiros, cerrada e impenetrável, parecia animada por vontade própria: os galhos avançavam para cima dos coitados que tentavam passar: seguravam-nos, arranhavam-nos até fazê-los sangrar, e fechavam as mínimas frestas.
Aqueles que tinham sorte conseguiam escapar, voltando em condições lastimáveis, machucados e sangrando. Outros, mais teimosos, sacrificavam a própria vida.
Um dia, chegou nas redondezas um jovem príncipe, bonito e corajoso. Soube pelo bisavô a história da bela adormecida que, desde muitos anos, tantos jovens a procuravam em vão alcançar.
— Quero tentar também — disse o príncipe aos habitantes de uma aldeia pouco distante do castelo.
Aconselharam-no a não ir. — Ninguém nunca conseguiu!
— Outros jovens, fortes e corajosos como você, falharam…
— Alguns morreram entre os espinheiros…
— Desista!
Muitos foram, os que tentarem desanimá-lo.
No dia em que o príncipe decidiu satisfazer a sua vontade se completavam justamente os cem anos da festa do batizado e das predições das fadas. Chegara, finalmente, o dia em que a bela adormecida poderia despertar.
Quando o príncipe se encaminhou para o castelo viu que, no lugar das árvores e galhos cheios de espinhos, se estendiam aos milhares, bem espessas, enormes carreiras de flores perfumadas. E mais, aquela mata de flores cheirosas se abriu diante dele, como para encorajá-lo a prosseguir; e voltou a se fechar logo, após sua passagem.
O príncipe chegou em frente ao castelo. A ponte elevadiça estava abaixada e dois guardas dormiam ao lado do portão, apoiados nas armas. No pátio havia um grande número de cães, alguns deitados no chão, outros encostados nos cantos; os cavalos que ocupavam as estrebarias dormiam em pé.
Nas grandes salas do castelo reinava um silêncio tão profundo que o príncipe ouvia sua própria respiração, um pouco ofegante, ressoando naquela quietude. A cada passo do príncipe se levantavam nuvens de poeira.
Salões, escadarias, corredores, cozinha… Por toda parte, o mesmo espetáculo: gente que dormia nas mais estranhas posições.
O príncipe perambulou por longo tempo no castelo. Enfim, achou o portãozinho de ferro que levava à torre, subiu a escada e chegou ao quartinho em que dormia A princesa Aurora.
A princesa estava tão bela, com os cabelos soltos, espalhados nos travesseiros, o rosto rosado e risonho. O príncipe ficou deslumbrado. Logo que se recobrou se inclinou e deu-lhe um beijo.
Imediatamente, Aurora despertou, olhou par ao príncipe e sorriu.
Todo o reino também despertara naquele instante.
Acordou também o cozinheiro que assava a carne; o servente, bocejando, continuou lavando as louças, enquanto as damas da corte voltavam a enrolar seus cabelos.
O fogo das lareiras e dos braseiros subiu alto pelas chaminés, e o vento fazia murmurar as folhas das árvores. A vida voltara ao normal. Logo, o rei e a rainha correram à procura da filha e, ao encontrá-la, chorando, agradeceram ao príncipe por tê-la despertado do longo sono de cem anos.
O príncipe, então, pediu a mão da linda princesa em casamento que, por sua vez, já estava apaixonada pelo seu valente salvador.
Eles, então, se casaram e viveram felizes para sempre!



Meu livro de receitas


Oi Pessoal! Andei xeretando em uns livros de receitas antigos e encontrei várias receitas legais e fáceis de fazer!

Antes, vamos tomar alguns cuidados:

Crianças não devem acender o forno ou o fogão sozinhas, há riscos de acidentes graves, peça sempre para um adulto te ajudar na receita. É divertido vocês separam os ingredientes e preparam juntos, é também uma ótima forma de aprender


Biscoitinhos de canela

Ingredientes:
5 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 ½ xícara (chá) de açúcar
6 colheres (sopa) de manteiga
5 ovos
1 colher (sopa) de fermento em pó
sal a gosto
açúcar
canela

Modo de preparo:
Misture bem todos os ingredientes e amasse rapidamente. Enrole a massa em cordões finos e corte em pedaços de 01 à 02 cm. Polvilhe com canela e açúcar. Coloque em tabuleiro untado com manteiga e asse em forno quente sem deixar demais.


Português - uso da vírgula

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado
.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.


E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Recomenda - se

MEC: um em cada 4 professores se forma em curso ruim

SÃO PAULO - Um em cada quatro futuros professores do País se forma em cursos de má qualidade. São 71 mil alunos em 292 cursos de Pedagogia que receberam os mais baixos conceitos em avaliações do Ministério da Educação (MEC). Só 9 dos 763 avaliados tiveram nota máxima. A má formação de professores é apontada por especialistas como uma das causas da baixa qualidade do ensino - principalmente público - no Brasil. Recentemente, governos federal e do Estado de São Paulo lançaram programas para formar mais docentes em universidades de excelência e capacitar os que estão trabalhando. A quantidade de cursos de Pedagogia ruins cresceu desde a última avaliação, em 2005. Eram 172 cursos com índices 1 e 2 no Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), o que equivalia a 28,8% do total, e agora são 30,1%. A área, que forma professores, coordenadores e diretores para as escolas brasileiras, tem hoje 284 mil alunos. É a terceira graduação com o maior número de estudantes no País e a mais numerosa entre as avaliadas no ano passado. O MEC divulgou ontem os resultados de exames feitos em 30 áreas. Além de Pedagogia, foram avaliadas as engenharias, licenciaturas e cursos tecnológicos. O cruzamento dos resultados da avaliação com o número de alunos foi realizado pelo Estado. O ministério agrupa as áreas da graduação em três blocos e a cada ano um deles passa pelos exames. Os formandos e os calouros participam do Enade, que substituiu o Provão."Uma melhora contribuiria muito para o avanço da qualidade da educação no País", diz a diretora executiva da Fundação Lemann, Ilona Becskeházy. Segundo ela, quem faz Pedagogia hoje no Brasil é o jovem já mal formado pelo ensino básico e que opta por curso menos concorrido. "Se quisermos ter professores melhores, os cursos devem exigir mais dos que entram."Especialistas alertam para o excesso de teoria nos cursos de Pedagogia. "Há distanciamento da realidade da sala de aula. O curso forma para ser especialista, professor de faculdade, e não professor de sala de aula", diz Zélia Cavalcanti, coordenadora do Centro de Formação da Escola da Vila. O professor da Faculdade de Educação da USP Ocimar Munhoz Alavarse acredita que os cursos de formação de professores são o grande desafio na educação básica brasileira. "Não temos reserva de mercado, há que se trabalhar com os professores que temos." DéficitO Brasil tem déficit de professores principalmente em áreas como biologia, física e química. Neste ano, o governo federal lançou um programa com 331 mil vagas em cursos de Licenciatura de universidades públicas para professores que já lecionam e não têm graduação ou são formados em disciplinas diferentes das que atuam. Entre os piores cursos de Pedagogia há 59 oferecidos por instituições públicas, entre elas, nove federais. A Unesp têm quatro cursos entre os melhores do País. As informações são do jornal OEstado de S. Paulo.

Enem tem mais de 4,1 milhões de incritos e bate recorde

Dentre os inscritos ao Enem 2009, mais da metade já concluiu o ensino médio em anos anteriores, 60,97% do totalO balanço consolidado de inscrições ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009, divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Ministério da Educação (MEC), indica que 4.147.527 pessoas são esperadas para realizar a prova nos dias 3 e 4 de outubro. Esse número é maior que todas as edições anteriores do exame, que ocorre desde 1998. No ano passado, foram cerca de 4 milhões de inscritos e quase 3 milhões de presentes no dia da prova.Dentre os inscritos ao Enem 2009, mais da metade já concluiu o ensino médio em anos anteriores, 60,97% do total. Os formandos neste ano representam 32,29% dos inscritos para fazer a prova, e somam 1.339.242 estudantes. Os outros 6,74% dos inscritos abrangem estudantes que vão terminar o ensino médio nos próximos anos e também aqueles que farão o exame como forma de certificar seus estudos.O número de potenciais participantes no Enem que estão terminando o ensino médio neste ano representa algo próximo de 80% dos concluintes em todo o Brasil, em uma comparação feita com os dados mais recentes do Censo Escolar da Educação Básica. De acordo com o levantamento, 1.742.620 estudantes haviam concluído este nível de ensino no ano de 2007.O Enem 2009 será aplicado em 1.829 municípios espalhados por todos os estados e Distrito Federal. Também está prevista a aplicação da prova em 339 unidades prisionais do país. Considerando as cidades que abrigam exclusivamente presídios, o Enem vai chegar até 1.843 municípios no Brasil. A cidade de São Paulo é a que concentra maior número de inscritos para realizar a prova, 234.173 pessoas. A seguir vêm os municípios de Salvador (131.468 inscritos), Rio de Janeiro (110.979 inscritos) e Manaus (93.112 inscritos).
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